segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Voltando a falar de DV Tribal: Agora o figurino

Já falamos anteriormente, num tópico do ano passado, sobre essa admirada e detestada modalidade: Tribal.
Sim, admirada e detestada. Há quem ache horrendo e sem sentido, algumas dizem "não consigo ver beleza nessa dança"... Por outro lado, há aquelas pessoas que, como eu, acham-na linda e/ou, ao menos, admiram essa dança por sua complexidade, por seu grau de dificuldade, perfeição de movimentos com firmeza e delicadeza ao mesmo tempo... Pois bem...
Já resumido o contexto (se quiser saber mais é só ler o tópico sobre Tribal), vamos ao que de fato vim fazer aqui hoje: falar do figurino.

Resolvi abordar esse tema por que me vejo agora à procura de uma roupa para dançar tribal. Por conta disso, descobri o que muitas bellydancers já sabem: é quase impossível achar roupa pronta para tribal à venda.
Isso acontece por que a dança tribal em si é muito da criatividade e originalidade de cada dançarina, logo seu figurino não poderia se afastar muito disso... Creio que o figurino seja uma extensão da personalidade da dançarina.
Ok... Mas o que tudo isso quer dizer?
Isso quer dizer que cada dançarina, normalmente, produz sua própria roupa a sua maneira.
As roupas são extravagantes, exageradas, compostas por elementos que remetem à natureza, à povos do passado e tudo mais que nos leve à idéia de ancestralidade, naturalidade. Esses elementos são: penas, conchas, sementes, metais, flores, etc.
Bem disse Luana Mello, dançarina profissional e Campeã Brasileira de Dança Oriental, em seu blog (http://luanamello.blogspot.com/): "Não é só comprar uma roupa bacana, arrumar o cabelo, se maquiar e subir ao palco. Existe uma preparação especial que liga o conceito, ao figurino, à personagem, ao número e finalmente à abertura das cortinas. Esse ponto é o sucesso do Tribal. O público sente que está assistindo a algo elaborado, que o artista se preparou muito para entregar. Acredite, mesmo inconscientemente, o público leva isso muito em conta."
Leia a postagem completa sobre Tribal escrita por Luana Mello. (recomendo de verdade)

E com certeza conta muito!
O público sente quando a apresentação foi preparada em cada detalhe pela dançarina, quando ela se dedicou.
E, particularmente, pra mim esse é um grande diferencial na DV Tribal: o sentimento de esforço e dedicação transmitido ao público.

Tudo muito lindo, tudo muito legal... Voltando ao ponto: as roupas são confeccionadas pelas próprias dançarinas.
E é nesse impasse que me encontro atualmente.
Eu nunca havia feito uma roupa de tribal antes e não faço idéia de "por onde começar". A única coisa que sei é que com certeza dará muito trabalho... Mas eu espero que ao final de todo o trabalho eu consiga olhar e dizer: "Ok. Valeu a pena! Ficou show!" e não um pensamento desesperado "Putz! E agora? Será mesmo que não há ninguém que venda pronto?"
rsrs
Olhem esta foto e digam-me se vocês não ficariam (ou ficaram, caso alguma já tenha passado por essa experiência de fazer sua primeira roupa de tribal) apavoradas com a idéia de tentar criar algo do tipo.
Brincadeiras à parte, só prometo que me empenharei para fazer o melhor que eu puder, como sempre, para mostrar da melhor maneira possível a arte da dança do ventre (agora, a Tribal).


Abraço,
Solitary Angel.

2 comentários:

  1. Vou passar para voce minha opinião pessoal sobre a dança tribal. Estudei dança indiana com uma professora da India assim como a professora marroquina nossa de dança do ventre. A dança tribal é linda quando bem praticada (pelas bailarinas que voce postou, Zoe, Rachel Brice etc), sinto muito mas aqui no brasil essa dança virou um lixo. As alunas aqui do Fallahi odeiam essa modalidade, e nós tentamos tirar isso da cabeça delas porque dá para praticar sim uma dança tribal de qualidade. Roupa não é desculpa. Opinião pessoal. Faz um favor pra mim... quem estuda dança do ventre em uma escola legal é bailarina, quem dança qualquer coisa com péssimas professoras só pra se divertir é dançarina. Aqui na região a gente tenta explicar isso, foi assim que nós aprendemos com nossas raízes árabes. bjs

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