Rachel Brice, californiana nascida no início dos anos 70, é hoje a mais conhecida dançarina de dança do ventre em todo o mundo. Porém, sua principal formação vem da yoga, prática que estudou e lecionou enquanto, parelalamente, trabalhava como quiropata. Se aproximou da arte da dança oriental em 1998 ao assistir a um grupo que se apresentou na Califórnia. Assistindo a vídeos da mítica bailarina Suhaila Salimpour começou a aprender alguns passos por conta própria. Para saber como estava "se saindo" na aprendizagem, filmava-se. Chegou a ingressar num programa universitário de Dança Étnica e, em seguida, foi tomar aulas. Mas por conta dos acasos, prosseguiu com a carreira terapêutica, o que a afastou de seu incipiente talendo por quatro anos.
Em 2003, entra em sua vida o polêmico empresário Miles Copeland. Copeland era "constantemente acusado de ter transformado a sua companhia de dança do ventre num negócio dos mais lucrativos, todo moldado como uma Las Vegas itinerante que conta até mesmo com seu próprio DVD de reality show". Rachel integraria a mega companhia Belly Dance Superstars de Copeland e, nesse mesmo ano, monta sua própria companhia, a Indigo Belly Dance Company.
Sua companhia teve seu primeiro show de longa duração produzido em 2007, a tournée Le Serpent Rouge, sob a batuta do mesmo empresário.
Rachel Brice pouco, ou nada, se encaixa no esteriótipo da dançarina de saias esvoaçantes e jóias douradas, também quase nunca sorri.
"As vestes de Rachel e suas parceiras de estilos compõem-se de inúmeras moedas de cor fosca, tecidos amarrados, cabelos dreadlock, flores nos cabelos, ossos trançados com couro... objetos aparentemente improváveis se complementam harmônicos. A tentativa de representação se aproxima da música, é um ajuntamento de elementos que remetem a um passado nômade primitivo onde os enfeites são adaptações de coisas encontradas na natureza e/ou retiradas do contato com outras comunidades mais "avançadas"; é assim no caso das moedas e dos espelhinhos, por exemplo. Enquanto isso, no som, as percussões árabes se tornam elétricas e se fundem com a noise music."
"Essa espécie de desconstrução é uma marca do estilo da dança tribal, talvez um trânsito para fora dos clichês que consagraram no Ocidente a dança egípcia da qual os árabes se apropriaram ao longo de séculos."
"Através de seus precisos movimentos de serpente, Rachel Brice faz emergir uma atmosfera misteriosa onde a mulher está representada hermética, mergulhada em segredos próprios que certamente dizem respeito a um poder dominador e ele é revelado aos poucos numa sedução de força, ritmo e elasticidade. São segredos que a vida cotidiana quase faz esquecer, mas que estão lá resguardados na imemória das mulheres de todas as culturas."Fonte:
http://blog.uncovering.org/archives/2008/06/rachel_brice_da.html
Na minha opinião, está aí a dançarina de dança do ventre mais incrível já vista. Seus movimentos são precisos, "destorcidos", harmônicos, muito bem ritmados, de uma concentração incrível, bem elaborados/coordenados; mostram sua força junto com sua flexibilidade, características das mulheres: a dureza do aço e a flexibilidade do bambu.
Mas como uma imagem diz MUITO mais que mil palavras, deixarei que tirem suas próprias conclusões.
Abraço,
Solitary Angel
Veja abaixo o vídeo de uma apresentação de Rachel Brice, em Paris.
Nenhum comentário:
Postar um comentário